40 residentes técnicos vão mapear potencial produtivo dos municípios do Paraná
Um grupo com 40 profissionais recém-graduados em diferentes áreas começaram nesta segunda-feira (5) as atividades práticas do novo programa de Residência Técnica (Restec) do Governo do Paraná em Políticas de Especialização Produtiva. Com duração prevista de dois anos, a iniciativa é resultado de uma parceria entre a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), a Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços (Seic) e a Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Os residentes são de Administração, Economia, Engenharia, Jornalismo, Relações Internacionais e Tecnologia. Contratados na modalidade de bolsistas, eles irão atuar no Programa Especializa Paraná, voltado ao desenvolvimento local e regional com foco no potencial produtivo dos municípios. O objetivo é identificar potencialidades econômicas para implementar uma política de especialização produtiva com uma estrutura de governança territorial.
Entre os profissionais selecionados, 35 foram designados para 12 campus das universidades estaduais, localizados em Apucarana, no Vale do Ivaí; Bandeirantes e Londrina, no Norte; Campo Mourão, no Centro-Oeste; Cascavel, no Oeste; Francisco Beltrão, no Sudoeste; Guarapuava, no Centro-Sul; Jacarezinho, no Norte Pioneiro; Maringá, no Noroeste; Paranaguá, no Litoral; Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais; e União da Vitória, no Sul do Paraná. O restante foi lotado na Seic, em Curitiba.
Nas universidades estaduais, os residentes serão alocados nos núcleos de inovação tecnológica (NITs), que desenvolvem atividades no âmbito do Programa de Estímulo às Ações de Integração Universidade, Empresa, Governo e Sociedade. Denominado Agência de Desenvolvimento Regional Sustentável (Ageuni), esse programa foi idealizado pela Seti e tem como finalidade contribuir para aumentar a competitividade empresarial paranaense, agregando tecnologia aos processos de produção de bens e serviços.
QUALIFICAÇÃO – A Restec contempla um curso de pós-graduação em nível de especialização pela UEM, na modalidade de ensino a distância (EAD), com previsão de carga horária de 480 horas. A matriz curricular combina fundamentos teóricos e ferramentas de gestão, como desenvolvimento regional e economias de aglomeração, que analisam as dinâmicas territoriais; política industrial e desenvolvimento local, focada nas estratégias de crescimento; e nova economia e indústrias inteligentes, que abordam as transformações tecnológicas.
O programa também inclui componentes práticos, como elaboração e gestão de projetos, monitoramento e avaliação de políticas públicas industriais e os seminários de articulação de políticas públicas, que irão capacitar os residentes para a implementação de ações concretas. Outras disciplinas, como análise de dados espaciais e técnicas de pesquisa científica devem fornecer metodologias para diagnósticos precisos e tomada de decisão baseada em evidências.
GESTÃO AMBIENTAL – Seguindo esse objetivo de mapear o potencial produtivo sustentável dos territórios paranaenses, uma outra turma com 101 profissionais concluíram na semana passada o programa de Restec com especialização em Engenharia e Gestão Ambiental, ofertado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Ao longo de dois anos, os profissionais desenvolveram atividades práticas em Curitiba e 19 cidades do Interior, em unidades da Secretaria do Turismo (Setu), do Instituto Água e Terra (IAT) e da Universidade Estadual de Londrina (UEL).