Médico é condenado por assédio sexual e perde cargo público em Guaíra, no oeste do Paraná

Um médico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Guaíra, no oeste do Paraná, foi condenado por assédio sexual cometido mais de uma vez contra uma técnica de enfermagem da mesma unidade. A decisão judicial determina a perda do cargo público e aplicação de penas alternativas.
Segundo a sentença da Vara Criminal de Guaíra, o médico deverá cumprir dois anos e seis meses de detenção em regime aberto, mas a pena foi substituída por 900 horas de prestação de serviços à comunidade e pagamento de R$ 10 mil à vítima por danos morais.
A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) em junho de 2024, por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Guaíra. Os atos de assédio ocorreram entre setembro de 2021 e março de 2022.
O médico, segundo o MP, se valeu de sua posição de autoridade para constranger a vítima com repetidas abordagens de cunho sexual durante o expediente.
“Ficou comprovado que, entre 2021 e 2022, na Unidade de Pronto Atendimento da cidade, o médico se aproveitou da sua autoridade para constranger a vítima repetidamente, com o objetivo de obter favorecimento sexual”, afirmou o promotor de Justiça Renan Góes de Lima.
A sentença também ressaltou a gravidade da conduta, destacando o abuso de poder e a violação dos deveres da função pública.
“A conduta do réu revelou grave violação dos deveres funcionais e éticos inerentes à função pública que exercia, especialmente em se tratando de profissional da área da saúde”, diz a decisão.
Fonte: Por g1 PR