Dia Mundial do Diabetes: Saúde orienta para prevenção e tratamento gratuito pelo SUS

No Dia Mundial do Diabetes, 14 de novembro, a Secretaria da Saúde do Paraná reforça a orientação sobre prevenção e tratamento, cuidados que podem ser feitos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Dia Mundial foi instituído para conscientizar a população sobre as consequências do diabetes e o índice de mortalidade.
O diabetes é uma doença crônica que não tem cura. Por isso, prevenir e seguir o tratamento correto é essencial para evitar o agravamento e complicações. “O tratamento é oferecido de forma gratuita na saúde pública, incluindo o fornecimento de medicamentos e encaminhamentos para especialistas, se necessário”, orienta o secretário estadual da Saúde em exercício, César Neves.
No Paraná, a Sesa segue diretrizes nacionais para ofertar o tratamento para Diabetes Mellitus Tipos 1 e 2, especificamente os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas.
A porta de entrada para tratamento no Sistema Único de Saúde é a Atenção Primária à Saúde (APS). O acompanhamento é feito nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), nos municípios, onde tem seu risco avaliado e o cuidado em saúde é compartilhado com a atenção ambulatorial especializada, conforme a necessidade.
O não tratamento ou o tratamento inadequado do diabetes (tanto Tipo 1 quanto Tipo 2) podem levar à cegueira, amputação de membros e morte.
No Paraná, neste ano, no período de janeiro a setembro, foram feitos pelo SUS 1.532.038 atendimentos individuais para pessoas com diabetes. Ultrapassa 3,1 mil o número de óbitos decorrentes da doença. Em todo o ano de 2024 foram registrados 2.415.435 atendimentos individuais para pessoas com diabetes, e 4.266 óbitos.
PROBABILIDADE
Apesar de não existir um perfil de pessoa que pode desenvolver diabetes, existem algumas características que indicam mais probabilidade da existência de uma doença metabólica como essa.
No caso do Tipo 2, a maior probabilidade é para indivíduos de qualquer idade com sobrepeso ou obesidade e que apresentem, pelo menos, um dos fatores de risco para a doença: histórico familiar (parente de 1º grau), histórico de doença cardiovascular prévia, hipertensão arterial sistêmica (HAS), níveis alterados de colesterol e triglicerídeos.
Também são fatores de risco histórico de diabetes gestacional ou ter tido um bebê com peso ao nascer maior ou igual a 4 quilos e outras condições associadas à resistência à insulina como, por exemplo, síndrome dos ovários policísticos. Já o diabetes Tipo 1 é uma doença autoimune, cujo diagnóstico ocorre mais frequentemente na infância e na adolescência. O diabetes gestacional ocorre por conta de mudanças hormonais durante a gravidez, que podem fazer com que a ação da insulina seja reduzida. Nestes casos, após o parto, a doença não persiste.
AUMENTO
Os dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel Brasil), do SUS, apontaram que no período entre 2006 e 2023 o número de pessoas que relataram diagnóstico médico de diabetes aumentou, passando de 5,5% em 2006 para 10,2% em 2023. A elevação foi tanto para homens (4,6% em 2006 para 9,1% em 2023), quanto para mulheres (6,3% em 2006 a 11,1% em 2023). A faixa etária com mais elevação foi a de adultos de 65 anos ou mais, que passou de 18,9% em 2006 para 30,3% em 2023.
Fonte: Agência Estadual de Notícias.
