Empresa que aluna diz ter investido e perdido quase R$ 1 milhão é de Umuarama e já foi alvo da PF | Giro de Notícia

Empresa que aluna diz ter investido e perdido quase R$ 1 milhão é de Umuarama e já foi alvo da PF

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A aluna de 25 anos universitária da USP (Universidade de São Paulo) que é investigada suspeita de ter desviado R$ 927 mil do fundo de formatura da faculdade de Medicina afirmou, em sua defesa, que foi vítima de um golpe de R$ 800 mil aplicado pela corretora Sentinel Bank, com sede em Umuarama.

A jovem está sendo investigada pela Secretaria de Segurança pública de São Paulo por apropriação indébita. Ela atuava como presidente da comissão responsável.

Segundo informações da comissão de formatura, a jovem teria afirmado por meio de mensagens de WhatsApp que transferiu a quantia para uma conta pessoal, e aplicado R$ 800 mil na Sentinel Bank, que a enganou e ficou com o dinheiro. O restante teria sido utilizado para pagar advogados que tentariam recuperar o valor perdido.

“Eu não tinha experiência em investir, então eu fiz o que parecia o óbvio e seguro na época, que era procurar uma investidora. Nosso dinheiro foi todo repassado pra Sentinel Bank, uma ‘investidora’ que no final das contas não se passava de um grande golpe e nunca mais retornou nem com o dinheiro investido, nem com os rendimentos”, afirmou Alicia em uma mensagem no grupo de WhatsApp da comissão.

Com o acontecido, cerca de 110 alunos foram prejudicados. A formatura, a colação de grau e o baile estavam previstos para serem realizados ainda no início de 2024.

Em nota, membros da comissão de formatura da turma de Medicina da USP responsabilizaram a jovem. “Descumpriu nosso Estatuto ao movimentar esse montante sem a assinatura de nenhum outro membro e transferindo-o a uma conta pessoal sua”, declararam.

EMPRESA INVESTIGADA

Em julho de 2022, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão contra um grupo criminoso que se apresentava como investidores da bolsa de valores para captar recursos de vítimas para práticas como a chamada “Pirâmide Financeira”. Na época a PF revelou que o grupo movimentou mais de R$ 200 milhões com os golpes aplicados.

Mais de 70 policiais da PF e 15 servidores da Receita Federal cumpriram mandados de busca e apreensão em Umuarama – atual cidade da líder do esquema e de ao menos duas sedes da quadrilha – e também Guaíra, Douradina, Foz do Iguaçu e Curitiba.

Apesar de concentrar suas atividades na capital paranaense e na região Oeste e Noroeste do Estado, o grupo também fez milhares de vítimas em São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina, arrecadando mais de R$ 200 milhões com os golpes de falso investimento em bolsa de valores e criação de empresas de fachada, como a empresa Sentinel Bank, cuja estudante da USP afirma ter investido o dinheiro.

Na época, foi apurado pela Polícia Federal que o grupo mantinha 22 empresas que não possuíam as devidas autorizações pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Os valores coletados das vítimas eram depositados parcialmente nas contas dos criminosos.

Prometendo lucros de até 6,4% ao mês, o grupo começou a levantar a suspeita em investidores, que passaram a desconfiar ao não receber os valores prometidos. O “argumento” então passou a informar às vítimas que estariam realizando uma migração para o suposto banco digital.

Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça Federal também determinou o sequestro de automóveis, imóveis e criptoativos dos integrantes da quadrilha, que ostentavam bens incompatíveis com a renda declarada pelos criminosos.

(Redação, com informações Uol e G1)

Fonte: OBemdito

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