No Dia do Farmacêutico, profissionais do hospital Cemil alertam para o perigo da automedicação | Giro de Notícia

No Dia do Farmacêutico, profissionais do hospital Cemil alertam para o perigo da automedicação

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A equipe de farmacêuticos do Hospital Cemil se reuniu em alusão ao Dia Nacional do Farmacêutico – 20 de janeiro, para fazer um alerta importante à população: a automedicação é um perigo! De acordo com os profissionais, o uso incorreto de medicamentos pode levar a internações desnecessárias e até a morte.Uma pesquisa realizada pelo ICTQ (Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação), no ano de 2018, revelou que as recomendações de terceiros, como familiares, amigos e vizinhos compreendem respectivamente 68%, 41% e 27% e de balconistas de farmácia cerca de 48%, ou seja, os principais prescritores de medicamentosas não são habilitados.

Em todo o país, cerca de 0,1% dos óbitos e 0,4% das internações hospitalares tem como causa intoxicações e reações adversas a medicamentos e a automedicação está no pilar desses números desastrosos.

A automedicação pode levar à intoxicação, alergias, dependência e resistência aos medicamentos. Remédios considerados “inofensivos”, como analgésicos, descongestionantes nasais e anti-inflamatórios, que são vendidos livremente, estão no topo da lista dos que mais causam danos colaterais. 

Intoxicação

“A superdosagem de medicamentos promove uma exposição excessiva às substâncias químicas contidas na fórmula. Esse excesso pode provocar intoxicações e levar a quadros graves, colocando em risco a saúde do paciente e, em alguns casos, até levar a óbito”, explica o farmacêutico Wolfran Aparecido de Alvarenga. Segundo ele, os medicamentos mais suscetíveis a intoxicações são os antitérmicos, analgésicos e os anti-inflamatórios.

Alergias

De acordo com o farmacêutico Miqueias de Souza Araujo outro fator que leva a internações frequentes e que também causar danos graves à saúde e levar à morte são as alergias e ele alerta para o uso de medicamentos sem prescrição.

“O uso de medicamentos sem prescrição médica pode levar a quadros como coceira, urticária, erupção na pele, formigamento, irritação nos olhos, inchaço da boca e língua e até mesmo ao fechamento da glote, impedindo a respiração, o que pode levar a morte caso não haja socorro rápido”, explica o profissional.

Antibióticos, analgésicos, relaxantes musculares, anticonvulsivantes, anti-inflamatórios e medicamentos para quimioterapia estão entre os que mais causam alergias.

Dependência

A dependência é outro dano colateral comum em quem usa medicamentos sem prescrição médica, alerta o farmacêutico Fred Pitter Basso. “O uso excessivo de medicamentos pode levar a dependência química, da mesma forma que ocorre com as drogas ilícitas. Esse abuso pode provocar doenças graves e levar a quadros de parada respiratória, arritmias, insuficiência hepática aguda e outras” .

Analgésicos como paracetamol, dipirona, ácido acetilsalicílico (AAS) não são medicamentos considerados inofensivos e estão na lista dos que mais causam dependência, devido ao fácil acesso.

Resistência

Outro dano colateral comum a quem faz uso de medicamentos sem prescrição médica é a resistência.

“O organismo luta para combater substâncias estranhas que entram no nosso corpo. Quando tomamos um medicamento sem necessidade, essa defesa natural é ativada, provocando resistência aos componentes da fórmula. Caso algum dia seja realmente necessário o uso da substância, sua ação não será eficaz, pois uma resistência já foi criada, minando os seus efeitos”, alerta o farmacêutico Fenardo Pereira Messa. Os antibióticos são os medicamentos mais suscetíveis a provocar resistência.

A recomendação de todos os farmacêuticos entrevistados é a mesma: “não tomar nenhum medicamento sem prescrição médica e a orientação de um profissional farmacêutico”. 

OBemdito com Assessoria

Fonte: OBemdito

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